No primeiro trimestre de 2025, o Brasil enfrentou uma média de 2,6 mil ciberataques semanais, conforme relatório da Check Point Research. Esse número representa um aumento de 21% em comparação ao mesmo período de 2024. Embora o Brasil tenha registrado um crescimento menor em relação à América Latina, que viu os ataques aumentarem em 108%, a situação ainda é preocupante para as empresas brasileiras.
A evolução dos ciberataques tem impulsionado a transformação do papel do Chief Information Security Officer (CISO) nas organizações. Vitor Sena, CISO da Gerdau, destaca que a função passou de um enfoque técnico para uma posição estratégica, com envolvimento direto nas decisões de negócios e interação com comitês de estratégia e riscos. Essa mudança reflete a crescente importância da segurança da informação em contextos de inovação digital e operações industriais.
Denis Nesi, CISO da Claro Brasil, ressalta que, apesar da relevância dos CISOs, muitos ainda não ocupam posições nos conselhos administrativos, o que limita a visão estratégica da segurança nas empresas. Ele enfatiza a necessidade de discutir como a segurança da informação se adapta à transformação digital e aos riscos associados à Inteligência Artificial e ambientes multicloud.
Roberto Rebouças, gerente-geral da Kaspersky no Brasil, acrescenta que a complexidade das ciberameaças exige soluções de segurança mais sofisticadas. Oscar Isaka, analista do Gartner, observa que as empresas estão investindo em tecnologia, especialmente em Inteligência Artificial Generativa, mas também estão cientes dos riscos de segurança cibernética que essas inovações podem trazer. A atenção dos executivos para a cibersegurança está aumentando, à medida que os incidentes cibernéticos impactam os resultados financeiros das organizações.