O Brasil abriu 129.778 postos de trabalho formais em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Este volume é o menor para o mês desde 2020 e representa uma queda de 32,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram criadas 191.373 vagas. A desaceleração do emprego formal reflete os impactos dos juros altos e da economia em retração.
Os dados revelam que todos os cinco setores analisados apresentaram crescimento na criação de empregos, com destaque para serviços, que gerou 50.159 novas vagas. O comércio e a indústria também contribuíram positivamente, enquanto a agropecuária caiu para o quinto lugar na geração de empregos devido ao fim da safra. As regiões Sudeste e Nordeste lideraram a abertura de postos, com São Paulo se destacando com 42.798 novas contratações.
As implicações dessa desaceleração no mercado de trabalho são preocupantes, pois indicam um cenário econômico desafiador para o Brasil. A criação de empregos nos primeiros sete meses do ano totalizou 1.347.807 vagas, o que representa uma queda de 10,35% em relação ao ano anterior. A situação exige atenção das autoridades e pode impactar as políticas públicas voltadas para o emprego e a recuperação econômica do país.