Em julho de 2025, o Brasil registrou a abertura de 129.778 postos de trabalho formais, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Este número, embora positivo, representa uma queda de 32,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior e é o menor volume desde 2020, quando foram abertas 108.476 vagas. A criação de empregos foi liderada pelo setor de serviços, que abriu 50.159 postos, seguido pelo comércio e pela indústria.
O desempenho do mercado de trabalho reflete a pressão da desaceleração econômica e dos juros altos, que têm impactado negativamente as contratações. Nos primeiros sete meses do ano, foram abertas 1.347.807 vagas, um número 10,35% inferior ao mesmo período do ano passado. A comparação com anos anteriores é dificultada pela mudança na metodologia do Caged, que começou em 2020.
As cinco regiões brasileiras apresentaram saldo positivo na criação de empregos, com destaque para o Sudeste, que abriu 50.033 postos. No entanto, os estados do Tocantins e Espírito Santo registraram fechamento de vagas. O cenário atual levanta preocupações sobre a sustentabilidade da recuperação do emprego formal no país diante dos desafios econômicos persistentes.