O Brasil se prepara para a COP30, que ocorrerá em Belém entre 10 e 21 de novembro, apresentando cerca de 20 propostas em negociação. Dentre elas, destacam-se a criação do Fundo de Florestas Tropicais (TFFF) e uma coalizão internacional para integrar mercados de carbono, conforme afirmou Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto da Fazenda. Essas iniciativas visam garantir um financiamento sustentável e regras justas para o comércio internacional de carbono.
O TFFF tem como objetivo mobilizar US$ 125 bilhões para financiar florestas tropicais, com US$ 25 bilhões provenientes de países patrocinadores como Noruega e Reino Unido. Diferente dos mecanismos tradicionais de doação, os aportes no fundo terão remuneração, permitindo que os investidores recebam retorno semelhante ao de títulos do Tesouro dos Estados Unidos. O funcionamento do fundo se baseia no pagamento por hectare de floresta mantida, incentivando a preservação e penalizando a degradação.
Além do TFFF, o governo brasileiro propõe uma coalizão internacional inspirada no mecanismo europeu de ajuste de fronteira de carbono (CBAM), que visa estabelecer tetos comuns de emissões baseados na renda per capita dos países. Essa abordagem busca equilibrar a competitividade entre nações ricas e em desenvolvimento, promovendo um esforço coletivo para enfrentar as mudanças climáticas. O sucesso dessas iniciativas dependerá da adesão e comprometimento dos países participantes.