O Ministério da Defesa do Brasil negou a existência de um plano para resgatar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, diante das ameaças dos Estados Unidos contra o líder venezuelano. A informação foi confirmada ao Metrópoles nessa terça-feira (26/8), após o portal DefesaNet divulgar uma reportagem sobre a suposta Operação Imeri, que teria como objetivo retirar Maduro do país em meio à movimentação militar norte-americana na região.
A Operação Imeri, conforme relatado, teria sido discutida entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o chanceler da Venezuela, Yván Gil Pinto, durante a cúpula da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA/CELAC) em Bogotá, no dia 21 de agosto. No entanto, o Ministério da Defesa enfatizou que não há qualquer plano ou operação em curso. As tensões aumentaram desde o fim de julho, com os EUA intensificando as pressões contra Maduro, acusando-o de chefiar um cartel de drogas.
As implicações dessa situação são significativas, pois refletem a complexidade das relações entre Brasil e Venezuela em um cenário de crescente pressão internacional. A negativa do governo brasileiro pode ser vista como uma tentativa de distanciar-se das ações dos EUA e reafirmar sua posição diplomática na América Latina. Além disso, a retórica agressiva dos EUA contra Maduro levanta preocupações sobre possíveis intervenções militares na região, colocando em risco a estabilidade política local.