O Brasil enviou uma resposta oficial aos Estados Unidos, negando as acusações de que adota práticas comerciais desleais. A investigação foi aberta em 15 de julho, a pedido do ex-presidente Donald Trump, com base na Seção 301 da Lei de Comércio Americana de 1974, que permite medidas unilaterais contra políticas consideradas prejudiciais. Na defesa, o governo brasileiro rejeitou as alegações, enfatizando que a balança comercial é favorável aos EUA e que suas leis visam proteger o consumidor e garantir a segurança cibernética.
O governo brasileiro também abordou as críticas relacionadas ao sistema de pagamento eletrônico e à proteção da propriedade intelectual, afirmando que cumpre tratados internacionais e implementa medidas para promover um ambiente comercial justo. Em relação às tarifas sobre o etanol, o Brasil destacou que suas taxas são aplicadas igualmente a todos os países e são inferiores às tarifas americanas. Além disso, o governo reafirmou seu compromisso em combater o desmatamento ilegal.
Na conclusão de sua resposta, o ministro Mauro Vieira solicitou que os EUA reconsiderem a investigação, alertando que medidas unilaterais podem prejudicar as relações comerciais entre os dois países. Ele reiterou a disposição do Brasil para resolver questões comerciais por meio de diálogo cooperativo e legal. Uma audiência em Washington está agendada para 3 de setembro, onde as partes discutirão as alegações apresentadas.