O Brasil se vê cada vez mais dependente das grandes empresas de tecnologia, que controlam sistemas de inteligência artificial sem qualquer supervisão local. Essas plataformas, como OpenAI, Meta, Google e Microsoft, definem o que é aceitável ou não, tomando decisões que impactam diretamente a sociedade brasileira, mas sem considerar suas particularidades culturais e sociais. A falta de um processo democrático na regulação dessas tecnologias gera preocupações sobre privacidade e autonomia nacional.
A relação do Brasil com as Big Techs é marcada por contratos significativos, como o firmado entre a Microsoft e o Governo Federal, que totaliza mais de R$ 1,2 bilhão. Esse investimento, destinado à infraestrutura de computação em nuvem, revela a fragilidade das políticas públicas que dependem desses serviços. Além disso, propostas de isenção fiscal para a construção de data centers no país reforçam a dependência tecnológica, colocando em risco a soberania digital brasileira.
Diante desse cenário, é imperativo que o Brasil busque uma regulação mais robusta e transparente da inteligência artificial, garantindo que os interesses nacionais sejam priorizados. O país precisa investir em sua própria infraestrutura tecnológica para reduzir a vulnerabilidade frente às decisões de empresas estrangeiras. Somente assim será possível assegurar que a tecnologia atenda aos interesses sociais e econômicos da população brasileira.