O Brasil apresenta uma demanda reprimida por infraestrutura de cripto e câmbio, conforme afirma John Murillo, chief business officer da B2Broker, que recentemente começou a expandir suas operações na América Latina. Em entrevista ao InfoMoney, Murillo destacou que o país se distingue na região por seu mercado robusto e pelos desafios regulatórios complexos, atraindo o interesse de family offices e bancos regionais em busca de soluções de liquidez e pagamentos com criptoativos.
Murillo observou um crescimento expressivo na procura por infraestrutura institucional para negociação de ativos digitais no Brasil. A B2Broker, que movimenta mensalmente mais de US$ 500 bilhões em contratos e processa cerca de US$ 100 milhões diários em pagamentos cripto, vê uma oportunidade exponencial na demanda por stablecoins. No entanto, ele alertou que a entrada de players internacionais no mercado brasileiro requer uma preparação jurídica cuidadosa e alinhamento com os marcos regulatórios locais.
A B2Broker já atua em outros países da América Latina, como México e Colômbia, e considera o Brasil uma prioridade para sua expansão na região. Embora ainda não haja um cronograma definido para a operação no país, a empresa reconhece o potencial significativo do mercado brasileiro, que está se desenvolvendo rapidamente em meio a condições macroeconômicas favoráveis e uma base tecnológica em crescimento.