O Brasil apresenta uma demanda reprimida por infraestrutura de cripto e câmbio, conforme afirma John Murillo, chief business officer da B2Broker, empresa que fornece soluções de liquidez e infraestrutura de mercado. Em entrevista ao InfoMoney, Murillo destacou que o país se diferencia na América Latina devido ao seu porte de mercado e aos desafios regulatórios específicos. Ele observa um aumento significativo na procura por soluções de negociação de ativos digitais, especialmente entre family offices e bancos regionais.
Murillo enfatiza que a adoção de criptoativos no Brasil está avançando mais rapidamente do que em outras partes do mundo, impulsionada por condições macroeconômicas favoráveis e uma base tecnológica em expansão. A B2Broker, que já movimenta mais de US$ 500 bilhões mensalmente em contratos de CFDs e processa cerca de US$ 100 milhões diários em pagamentos cripto, vê uma oportunidade crescente na demanda por stablecoins como alternativa em um ambiente cambial volátil. No entanto, ele alerta que a entrada de players internacionais deve ser acompanhada de uma preparação jurídica adequada para atender às exigências locais.
A empresa, que já atua em países como México e Colômbia, considera o Brasil uma prioridade para sua expansão na América Latina, embora ainda não tenha um cronograma definido para sua operação no país. Fundada em 2014, a B2Broker está presente em 11 países e possui hubs operacionais em Londres, Limassol, Hong Kong e Dubai. Com o crescimento do interesse por criptoativos no Brasil, a empresa busca estruturar sua presença no mercado local de forma cuidadosa e alinhada às regulamentações vigentes.