O governo brasileiro apresentou, nesta segunda-feira (18), uma resposta a uma investigação comercial iniciada pelos Estados Unidos em julho, sob a gestão de Donald Trump. Por meio do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, classificou as acusações americanas como “improcedentes” e reafirmou que suas políticas estão em conformidade com as melhores práticas internacionais e com as obrigações na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Na carta de 91 páginas enviada ao embaixador do comércio dos EUA, Jamieson Greer, o Brasil rejeita veementemente as alegações de práticas comerciais desleais, incluindo questões relacionadas ao sistema de pagamentos Pix. O documento destaca que o Pix, lançado em 2020 pelo Banco Central, tem promovido inclusão financeira e modernização do mercado, alcançando 165 milhões de usuários e facilitando transações a custos reduzidos.
A defesa do sistema Pix é um dos principais pontos da resposta brasileira, que enfatiza sua importância para a soberania e inclusão financeira no país. O governo argumenta que o modelo do Pix está alinhado com tendências globais e que sua implementação tem sido reconhecida internacionalmente, inclusive por empresas americanas como o Google. A investigação americana e as tarifas impostas refletem tensões nas relações comerciais entre os dois países.