O governo brasileiro anunciou a criação de uma força-tarefa para auxiliar na hospedagem de delegações estrangeiras durante a COP30, programada para ocorrer em Belém entre 10 e 21 de novembro. Na última sexta-feira, 22, o Brasil negou um pedido da Organização das Nações Unidas (ONU) para subsidiar as acomodações e pediu que a entidade amplie o auxílio financeiro destinado aos países participantes da conferência. Durante a reunião, o Brasil defendeu que a ONU saia da “zona de conforto” e busque soluções mais eficazes para a crise de hospedagem enfrentada por diversas nações.
A COP30 enfrenta uma grave crise de hospedagem, com preços exorbitantes que, em alguns casos, superam R$ 1 milhão por reservas durante o evento. Em resposta a essa situação, 29 países assinaram uma carta solicitando ao governo brasileiro a mudança da cidade sede. Contudo, o governo reafirmou que a conferência ocorrerá em Belém, com a secretária executiva da Casa Civil, Míriam Belchior, enfatizando que não há condições para alterar o local do evento.
Para lidar com os desafios logísticos, o Brasil formará uma força-tarefa composta por representantes dos Ministérios das Relações Exteriores, do Turismo e do Meio Ambiente, além de membros da secretaria da COP. O objetivo é contatar os países mais afetados pela crise de hospedagem e buscar alternativas viáveis. A secretária Míriam Belchior também criticou o subsídio proposto pela ONU, que é inferior ao oferecido em outros eventos internacionais, e pediu uma reconsideração dos valores para garantir uma melhor participação dos países na COP30.