O Brasil enfrenta desafios significativos na construção de sua soberania em saúde e ciência, especialmente após as tarifas de importação impostas pelo governo Trump, que reacenderam o debate sobre a autonomia nacional. A dependência de insumos farmacêuticos importados e a vulnerabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) evidenciam a urgência de políticas consistentes que integrem ciência e educação. Em resposta, a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, lançada em 2023, propõe investimentos de R$ 42,1 bilhões até 2026 para fortalecer a produção nacional de medicamentos e vacinas. Essa iniciativa busca ampliar a autonomia sanitária e reduzir a dependência externa, promovendo parcerias entre instituições públicas e privadas. Contudo, o sucesso dessa estratégia depende da superação de desafios estruturais, como a dependência de financiamento público e desigualdades regionais. Sem uma política científica consistente e bem coordenada, os avanços podem ser pontuais e insuficientes para garantir a autonomia desejada.