As regiões do Brás e do Bom Retiro, tradicionais centros comerciais de São Paulo, estão com uma demanda crescente por mão de obra, com aproximadamente 11 mil vagas abertas. A Associação de Lojistas do Brás (Alobrás) reporta cerca de 10 mil oportunidades, enquanto a Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro estima mais de mil. A escassez de trabalhadores qualificados tem levado os comerciantes a buscar alternativas para preencher essas posições.
Na última sexta-feira (1º), a Alobrás se reuniu com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico para discutir uma parceria com o Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate). Lauro Pimenta, vice-presidente da Alobrás, destacou a necessidade de campanhas para atrair candidatos, já que a busca por mão de obra qualificada se intensifica com a aproximação do segundo semestre. Ele alertou que a falta de trabalhadores pode impactar negativamente os negócios, especialmente com a crescente concorrência de autônomos que oferecem condições mais atrativas.
Comerciantes locais, como Heloilson de Castro do Canto Leite, relatam dificuldades em manter suas operações devido à falta de funcionários. Ele, que possui uma loja no Brás, afirmou que está há mais de um ano com a placa de contratação exposta, sempre em busca de embaladores e atendentes. Outros comerciantes, como Sandra Maria da Silva, que teve que fechar sua loja devido à dificuldade em contratar, agora operam apenas online, mas ainda enfrentam desafios semelhantes na busca por colaboradores.
Dunia Saed, que possui 30 vagas abertas em suas lojas, enfatiza que a rotatividade de funcionários é um problema constante, com muitos não conseguindo se adaptar ao ambiente de trabalho. A situação ressalta a urgência de soluções para a escassez de mão de obra nas áreas comerciais do Brás e do Bom Retiro, que são vitais para a economia local.