A Polícia Federal (PF) informou nesta quarta-feira (20) que Jair Bolsonaro transferiu R$ 2 milhões para Michelle Bolsonaro um dia antes de prestar depoimento sobre as ações de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. Além disso, o ex-presidente realizou saques em espécie totalizando R$ 130 mil entre janeiro e julho deste ano. Segundo a PF, essas movimentações financeiras foram realizadas com o intuito de escapar de uma ordem de bloqueio dos seus bens, permitindo que Bolsonaro mantivesse recursos disponíveis para apoiar as atividades de Eduardo no exterior.
A investigação da PF aponta que o ex-presidente atuou de forma deliberada desde o início de 2025, intensificando suas ações nos meses de maio, junho e julho, quando as atividades de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos se acentuaram. O relatório da polícia sugere que Bolsonaro buscou se desfazer de recursos financeiros para evitar possíveis medidas judiciais que poderiam restringir seu acesso a esses fundos. Essa situação levanta questões sobre a legalidade das ações do ex-presidente e suas implicações políticas.
As revelações da PF podem ter desdobramentos significativos para Jair Bolsonaro, especialmente em um momento em que ele enfrenta crescente escrutínio sobre suas finanças e atividades políticas. A situação também pode impactar a imagem pública do ex-presidente e sua capacidade de influenciar as ações de seu filho no exterior. A continuidade das investigações poderá trazer à tona mais detalhes sobre as intenções e estratégias de Bolsonaro em relação ao apoio financeiro a Eduardo, além de possíveis consequências legais.