O ex-presidente Jair Bolsonaro está em uma fase decisiva de sua defesa no Supremo Tribunal Federal (STF), onde enfrenta acusações relacionadas a minutas de golpe de Estado encontradas pela Polícia Federal. Sua defesa argumenta que essas minutas não refletem uma intenção real de abolir a democracia, mas sim uma coleção de documentos sem relevância. Além disso, a defesa menciona um pedido de asilo à Argentina, afirmando que Bolsonaro não tinha planos de fugir do país e que a minuta foi tratada com desprezo, sendo apagada por ele antes de ser recuperada pela polícia.
A situação se complica ainda mais com o contexto político atual, onde Bolsonaro ficou refugiado na embaixada da Hungria em Brasília após ter seu passaporte apreendido pelo ministro Alexandre de Moraes. A defesa sugere que a perseguição judicial é motivada por implicâncias políticas, mas juristas afirmam que há elementos suficientes para justificar uma prisão preventiva. À medida que o julgamento avança, a percepção pública sobre a possível condenação de Bolsonaro pode mudar, especialmente entre os seus apoiadores, que representam apenas 12% da população, segundo pesquisa recente.
Com o desenrolar do processo, a expectativa é que o STF tome decisões que podem culminar em um xeque-mate judicial para Bolsonaro. O ex-presidente parece ansioso por uma resolução, mas Moraes pode optar por não facilitar sua narrativa de vítima. O desfecho deste caso será crucial para o futuro político de Bolsonaro e para a compreensão da Justiça brasileira diante de figuras controversas.