Neste domingo, 3 de setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) organizou uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, que contou com a presença de aproximadamente 37,6 mil apoiadores, segundo estimativas do Monitor do Debate Público do Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP). O evento, convocado por aliados do ex-presidente, ocorreu em meio a medidas cautelares que o impedem de sair de casa devido a investigações em curso.
A contagem de participantes, que possui uma margem de erro de 12%, pode variar entre 33,1 mil e 42,1 mil pessoas. A manifestação foi marcada por críticas ao monitoramento da USP, com o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmando que a universidade "não sabe contar os brasileiros" e considerando o ato como o maior protesto bolsonarista até o momento.
Entre as lideranças presentes estavam o pastor Silas Malafaia, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que subiu no trio elétrico, mas não fez discurso. Malafaia foi o principal orador, direcionando críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A participação nas manifestações em apoio a Bolsonaro tem diminuído significativamente, com uma redução superior a 90% em relação a atos anteriores. Em fevereiro de 2024, mais de 125 mil pessoas estiveram na Avenida Paulista, enquanto o número caiu para 12,4 mil em junho deste ano. As manifestações deste domingo foram as primeiras após sanções dos Estados Unidos ao Brasil, influenciadas por declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).