O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) movimentou R$ 30.576.801,36 entre março de 2023 e fevereiro de 2024, segundo relatório da Polícia Federal (PF). As operações financeiras, classificadas como ‘fora do padrão’ pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), incluem uma variedade de transações, como 1,2 milhão via PIX e resgates de CDB/RDB. O documento da PF está vinculado a uma investigação sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, que já resultou no indiciamento do ex-presidente e do deputado federal.
Entre os principais beneficiários das movimentações estão o advogado Paulo Cunha Bueno e o escritório de advocacia DB Tesser, ambos recebendo R$ 3,3 milhões. Além disso, foram realizadas transferências para Michelle Bolsonaro e seu filho Jair Renan, vereador em Balneário Camboriú (SC). A PF levantou suspeitas de que essas movimentações possam estar relacionadas a lavagem de dinheiro e outros ilícitos, o que intensifica o escrutínio sobre as finanças do ex-chefe do Executivo.
As implicações dessa investigação são significativas para o cenário político brasileiro, especialmente considerando o papel de Bolsonaro como figura central no PL e sua influência nas eleições futuras. A revelação das movimentações financeiras pode impactar a imagem pública do ex-presidente e gerar novas discussões sobre a transparência nas contas de políticos. O desdobramento desse caso poderá afetar não apenas a reputação de Bolsonaro, mas também a dinâmica política do país nos próximos anos.