O ex-presidente Jair Bolsonaro poderá ser preso caso descumpra as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão inclui a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica e proíbe o uso de redes sociais, tanto de forma direta quanto por meio de terceiros, para evitar a instrumentalização de discursos públicos como forma de promover atividades consideradas criminosas.
Moraes enfatizou que não serão tolerados subterfúgios que visem a manutenção de práticas ilícitas, especialmente em um contexto em que o STF enfrenta ataques, inclusive de figuras internacionais. A confusão gerada pela ordem levou Bolsonaro e seus advogados a decidirem que o ex-presidente deveria evitar entrevistas, temendo que fossem interpretadas como uma forma de manipulação ou propaganda.
Embora o ministro tenha esclarecido que não há proibição para que Bolsonaro participe de eventos públicos, desde que respeitados os horários estabelecidos, o ex-presidente optou por não comparecer a manifestações de apoio, o que levanta questões sobre sua estratégia de comunicação. A situação reflete a complexidade das medidas e a necessidade de interpretação cuidadosa das ordens judiciais, que têm implicações diretas na liberdade de expressão do ex-presidente.