O ex-presidente Jair Bolsonaro será julgado na próxima terça-feira, 2, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa. A defesa, liderada pelo advogado Celso Vilardi, argumenta que se trata de uma perseguição política, utilizando táticas semelhantes às empregadas por Lula durante a Lava Jato, incluindo embates com figuras do Judiciário e apelos a aliados no exterior.
Ambos os ex-presidentes enfrentam acusações em contextos distintos, mas a tese de perseguição judicial (lawfare) é comum em suas defesas. Enquanto Lula foi condenado em 2017 e preso em 2018, Bolsonaro agora se vê em uma situação onde o STF decidiu manter o foro especial para presidentes, permitindo que ele seja julgado pela corte. A comparação entre os casos é reforçada pelo procurador Roberto Livianu, que observa que as acusações contra Bolsonaro são mais graves e que há evidências substanciais contra ele.
As implicações do julgamento são profundas, uma vez que a defesa de Bolsonaro sugere que o processo visa barrar sua candidatura nas próximas eleições. A polarização política no Brasil se intensifica à medida que os bolsonaristas alegam que o julgamento é uma manobra para excluir o ex-presidente da disputa eleitoral, mesmo diante de sua inelegibilidade atual. O desfecho deste caso poderá influenciar significativamente o cenário político brasileiro nos próximos anos.