Jair Bolsonaro e outros sete réus do núcleo 1 da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado não precisarão comparecer presencialmente ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para começar em 2 de setembro. O caso foi pautado pelo presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, um dia após pedido do relator, Alexandre de Moraes. O julgamento terá duração de cinco dias e pode chegar a 27 horas no total.
O advogado Max Telesca, especialista em tribunais superiores e conselheiro da OAB-DF, explicou que não há obrigatoriedade de comparecimento, já que os réus serão representados por seus respectivos advogados. O tenente-coronel Mauro Cid optou por não comparecer ao julgamento para evitar constrangimentos com os demais réus, sendo considerado um dos principais aliados de Bolsonaro antes de fechar um acordo de delação premiada.
A primeira sessão de julgamento será aberta com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, que apresentará um panorama das provas reunidas. Após essa etapa, o procurador-geral da República e os advogados de defesa terão a palavra. A votação dos ministros ocorrerá em seguida, com cada voto individualizando as condutas dos réus, conforme o princípio da individualização da pena.