A Polícia Federal indiciou, na quarta-feira (20/8), o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo da ação penal 2668. Este é o quarto indiciamento de Bolsonaro, que ocorre em um momento crítico, às vésperas do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), agendado para o dia 2 de setembro, sobre a suposta tentativa de golpe em 2022.
O indiciamento destaca que as ações de Bolsonaro e Eduardo foram além da ação penal em questão, buscando submeter instituições como o STF e o Congresso Nacional a interesses pessoais. O relatório da PF também menciona que a ajuda financeira de Bolsonaro ao filho possibilitou ataques às instituições, especialmente contra o ministro Alexandre de Moraes, nos Estados Unidos. As possíveis penas para os crimes mencionados variam de um a oito anos de reclusão.
Com o julgamento se aproximando, a Procuradoria-Geral da República avaliará se as provas são suficientes para apresentar uma denúncia formal ao STF. Enquanto isso, Jair Bolsonaro permanece em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após violar medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. O desdobramento deste caso poderá ter implicações significativas para a política brasileira e para a imagem pública dos envolvidos.