A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo no âmbito de uma investigação que começou em maio deste ano, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Inicialmente, a apuração tinha como alvo Eduardo, que estaria atuando contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos, mas em julho o inquérito passou a incluir também o ex-presidente, e em agosto alcançou Silas Malafaia, que é alvo de buscas.
O pedido de abertura do inquérito foi fundamentado em postagens e declarações de Eduardo Bolsonaro, que, segundo a PGR, buscava sanções internacionais contra membros do Supremo Tribunal Federal. A Procuradoria destacou um tom intimidatório nas declarações do deputado licenciado, que poderia interferir no andamento dos processos judiciais contra seu pai. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes identificou tentativas de Eduardo de embaraçar as investigações.
As consequências dessa investigação são profundas, com a imposição de medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo uso de tornozeleira eletrônica e prisão domiciliar. A situação levanta preocupações sobre a obstrução da Justiça e a integridade do sistema judicial brasileiro, especialmente em um momento em que o ex-presidente e seu filho alegam perseguição política em meio a um contexto de tensões entre Brasil e Estados Unidos.