A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação no contexto de uma investigação sobre uma suposta trama golpista. Além dos Bolsonaros, o pastor Silas Malafaia teve seu passaporte e celular apreendidos, sendo acusado de liderar tentativas de coação a ministros do Supremo Tribunal Federal. O relatório da PF inclui áudios e mensagens que indicam um esforço para garantir a impunidade de Jair Bolsonaro, incluindo uma possível solicitação de asilo ao governo argentino.
As investigações revelam um cenário complexo, onde a PF reuniu evidências que apontam para uma articulação entre os Bolsonaros e Malafaia para influenciar decisões judiciais. O conteúdo das mensagens sugere que Eduardo Bolsonaro alertou seu pai sobre riscos políticos, enquanto Malafaia criticou publicamente o ministro Alexandre de Moraes, que está à frente da investigação. Este episódio destaca a tensão entre os ex-mandatários e o sistema judiciário brasileiro, refletindo um clima de incerteza política.
As implicações desse indiciamento podem ser significativas, não apenas para os envolvidos, mas também para o cenário político nacional. A possibilidade de Jair Bolsonaro buscar asilo na Argentina levanta questões sobre sua estratégia legal e política diante das acusações. Com a investigação em andamento, os próximos passos da PF e as reações dos indiciados poderão moldar o futuro político do ex-presidente e de seu filho, além de impactar a confiança pública nas instituições brasileiras.