O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi colocado em prisão domiciliar após descumprir ordens judiciais que o proibiam de publicar discursos em redes sociais. A decisão foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na última sexta-feira (18). Além da prisão domiciliar, Bolsonaro agora está obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica.
A medida foi motivada pela divulgação de uma saudação de Bolsonaro durante uma manifestação, feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que posteriormente apagou o post. Juristas ouvidos afirmam que a confusão gerada em torno do caso visa criar uma narrativa de perseguição política ao ex-presidente, dificultando a compreensão dos fatos pela população.
O criminalista Pierpaolo Bottini destacou que a infração não foi o conteúdo da fala de Bolsonaro, mas sim o descumprimento das proibições impostas pela Justiça. Ele comparou a situação a uma pessoa que, mesmo sob ordens judiciais, sai de casa, o que caracteriza a violação da decisão. O cientista político Carlos Melo também comentou sobre a tensão política envolvendo Bolsonaro e seus apoiadores, sugerindo que a situação pode se agravar nos próximos dias.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, argumentou que o ex-presidente não cometeu crime ao se manifestar e que não houve descumprimento das medidas cautelares. A repercussão da decisão e as reações de aliados e opositores seguem em destaque nas redes sociais e na mídia.