Após as eleições gerais de 17 de agosto, a Bolívia se prepara para um segundo turno em 19 de outubro. O partido de esquerda Movimento ao Socialismo (MAS), que governou o país por 20 anos, ficou sem representação no Senado e na Câmara dos Deputados, abrindo espaço para novas forças políticas. O Partido Democrata Cristão (PDC) e a Aliança Livre dominarão a Câmara, mas precisarão firmar acordos para garantir a governabilidade.
A nova configuração política é inédita, com o PDC conquistando 51 cadeiras na Câmara e 15 senadores, enquanto a Aliança Livre obteve 43 cadeiras e 12 senadores. A ausência do MAS, que detinha a maioria anteriormente, representa uma mudança significativa no equilíbrio de poder. Para aprovar leis, os partidos precisarão de alianças, já que nenhum deles alcançou a maioria absoluta necessária.
O segundo turno das eleições, que ocorrerá em outubro, contará com Rodrigo Paz do PDC e Jorge Quiroga da Aliança Livre como candidatos. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) oficializará a convocação em 31 de agosto, iniciando o processo eleitoral. Essa nova etapa política na Bolívia é marcada pela fragmentação e pela necessidade de acordos entre partidos, refletindo um cenário complexo e desafiador para a governabilidade futura.