As eleições gerais na Bolívia, realizadas em 17 de agosto, resultaram em uma nova configuração do Congresso, com o partido de esquerda Movimento ao Socialismo (MAS) fora tanto do Senado quanto da Câmara de Deputados. O Partido Democrata Cristão (PDC), liderado por Rodrigo Paz, emergiu como a principal força parlamentar, conquistando 15 senadores, enquanto a Aliança Liberdade e Democracia (Libre), de Jorge Quiroga, ficou em segundo lugar com 12 cadeiras.
A nova configuração política marca um momento inédito na história recente da Bolívia, onde o MAS, que governou o país por duas décadas, não conseguiu representação. O PDC e a Libre dominarão a Câmara dos Deputados, mas nenhum partido alcançou a maioria absoluta necessária para aprovar leis sem acordos. A governabilidade dependerá de alianças entre as forças políticas.
Com o segundo turno das eleições presidenciais agendado para 19 de outubro, o PDC e a Libre se preparam para uma disputa acirrada. A ausência do MAS abre um novo capítulo na política boliviana, caracterizado por fragmentação e a necessidade de negociações entre partidos para garantir a estabilidade governamental. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) oficializará a convocatória para as eleições no dia 31 de agosto.