A Boeing inicia, nesta segunda-feira (4), sua primeira greve no setor de defesa em quase três décadas, após trabalhadores da unidade de St. Louis, Missouri, rejeitarem uma proposta salarial da empresa. A paralisação mobiliza cerca de 3.200 funcionários sindicalizados, conforme informações da agência Bloomberg. A última greve na companhia ocorreu em 1996 e durou 100 dias, com os trabalhadores agora exigindo melhores condições contratuais.
A proposta da Boeing previa um aumento salarial de 20% e um incremento nas contribuições para aposentadoria, mas os funcionários consideraram os termos insuficientes. A greve impacta a produção de aviões de combate F-15, jatos de treinamento T-7 e sistemas de armamentos, além de componentes para os jatos comerciais 777-X, todos fabricados na unidade de St. Louis.
Em resposta à paralisação, a Boeing afirmou que ativou um plano de contingência para garantir a continuidade dos serviços, com o vice-presidente Dan Gillian destacando que os funcionários não grevistas continuarão a apoiar os clientes. A divisão de defesa e espaço da Boeing representou cerca de 30% da receita da empresa no segundo trimestre de 2025, mantendo-se lucrativa pelo segundo trimestre consecutivo, apesar dos desafios enfrentados pela companhia nos últimos anos.