Grandes empresas de tecnologia, como Microsoft, Meta, Amazon e Google, estão investindo fortemente em talentos de inteligência artificial por meio de uma estratégia conhecida como ‘aquisição reversa’. Em vez de comprar startups inteiras, essas empresas contratam fundadores e equipes-chave, licenciam tecnologias e permitem que o restante das empresas siga novos caminhos. Essa abordagem tem minado a cultura de risco e inovação que caracteriza o Vale do Silício.
As Big Techs têm realizado operações bilionárias para garantir acesso a talentos e inovações rapidamente, evitando obstáculos regulatórios e integrações complexas. No entanto, essa prática tem deixado funcionários de startups tradicionais em desvantagem, pois muitos não recebem compensações adequadas ou perdem oportunidades de crescimento. Um exemplo notável é a aquisição da Windsurf pelo Google, que gerou frustração entre os funcionários devido a pagamentos inferiores ao esperado.
Especialistas alertam que, se essa tendência continuar, profissionais podem optar por ingressar diretamente nas grandes empresas, reduzindo a disponibilidade de talentos para startups e tornando o ecossistema mais superficial. Embora as Big Techs se beneficiem a curto prazo, essa dinâmica ameaça o motor de inovação que fez do Vale do Silício uma referência global em tecnologia.