Faltando 100 dias para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que ocorrerá em Belém no dia 10 de novembro, a cidade enfrenta desafios significativos na conclusão de obras urbanas essenciais. Até o momento, apenas 20% das 37 grandes obras programadas foram finalizadas, com apenas oito delas entregues parcialmente.
Entre as promessas do Governo do Pará, 17 escolas públicas foram designadas para funcionar como hostels durante o evento, mas apenas seis passaram por reformas até o final de julho de 2025. O andamento das 11 instituições restantes permanece indefinido. A duplicação da avenida Bernardo Sayão, uma das principais obras da Prefeitura de Belém, também apresenta atrasos, com apenas uma das quatro etapas concluídas até agora.
O Parque da Cidade, que será um ponto central de encontro para líderes mundiais, inaugurou uma área esportiva em junho, mas outras partes do projeto ainda estão em andamento. O Mercado de São Brás e o Parque Linear da Doca, embora tenham áreas inauguradas, permanecem fechados para o público. O secretário-executivo da COP 30, André Godinho, reconheceu a necessidade de readequações no Mercado de São Brás, enquanto o Parque Linear da Doca ainda está em fase de finalização.
As obras, que abrangem áreas como hospedagem, desenvolvimento urbano, mobilidade e saneamento, são executadas por diferentes esferas de governo e iniciativa privada, com um investimento total de R$ 3,2 bilhões. Especialistas ressaltam a importância de algumas dessas obras não apenas para a realização da COP, mas também para o desenvolvimento urbano de Belém a longo prazo.