O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (18), em evento realizado em Cuiabá, que considera ‘imprópria e injusta’ a acusação de que o Brasil vive uma ‘ditadura do Judiciário’. Barroso negou também rumores sobre sua aposentadoria após o término de seu mandato como presidente da Corte, enfatizando: ‘Só afirma isso quem nunca viveu uma ditadura’. Ele ainda declarou estar ‘feliz da vida’ e que não se aposentará.
As declarações de Barroso surgem em um contexto de crescente pressão internacional sobre o STF, especialmente após críticas de autoridades dos Estados Unidos. O Supremo tem sido acusado de restringir a liberdade de expressão em decisões que afetam empresas de tecnologia e de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro no julgamento relacionado aos ataques de 8 de janeiro de 2025. Recentemente, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA impôs sanções financeiras a ministros da Corte, incluindo Barroso, citando violações de direitos humanos.
Além disso, Barroso foi flagrado dançando em um restaurante nos Lençóis Maranhenses, um dia após o governo dos EUA revogar vistos de entrada para ministros do STF. O vídeo gerou repercussão nas redes sociais e ocorreu em um momento delicado, onde o deputado federal Eduardo Bolsonaro defendeu sanções contra ministros do STF durante uma visita aos Estados Unidos. A Procuradoria-Geral da República já solicitou investigação contra ele e seu pai, Jair Bolsonaro, por tentativa de obstrução do processo penal.