O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, de 67 anos, sinalizou a possibilidade de se aposentar após o término de seu mandato na presidência, que se encerra em setembro. A informação, ainda tratada com discrição, já mobiliza o Palácio do Planalto, que começa a mapear possíveis candidatos para uma terceira indicação ao STF durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Caso Barroso se retire do cargo, Lula terá a responsabilidade de indicar um novo ministro, que seria o terceiro nome da atual gestão, após as indicações de Cristiano Zanin e Flávio Dino. Entre os cotados estão Bruno Dantas, ex-presidente do TCU, Jorge Messias, atual ministro da AGU, Vinicius Carvalho, ministro da CGU, e Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado. Todos os nomes são considerados de confiança do presidente e já estavam em análise para indicações anteriores.
A possível saída de Barroso também gera um clima tenso na Corte, já que ele poderá integrar a 2ª Turma, composta por ministros com os quais não mantém proximidade. Além disso, Barroso expressou insatisfação com a condução do trabalho do ministro Alexandre de Moraes, especialmente em relação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, que gerou críticas entre outros ministros do STF. A expectativa inicial era de que a condenação de Bolsonaro ocorresse apenas em setembro, mas Moraes decidiu adotar medidas cautelares antes do julgamento, o que foi visto como precipitado por parte do colegiado.