O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou nesta segunda-feira (18) que não pretende se aposentar e que está “feliz com a vida”. A afirmação surge em meio a rumores sobre uma possível saída antecipada, especialmente após sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos a ele e outros ministros da Corte. Barroso encerrará seu mandato de dois anos à frente do STF em setembro, período marcado por julgamentos significativos, incluindo o do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desde que assumiu a presidência do STF no final de 2023, Barroso tem enfrentado desafios, como os ataques de 8 de janeiro e a responsabilização das grandes plataformas digitais. Sua insatisfação com as sanções americanas foi compartilhada com interlocutores, levando a especulações sobre sua aposentadoria. Ao ser questionado por jornalistas após o lançamento de um projeto do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em Cuiabá (MT), Barroso reafirmou sua intenção de permanecer na Corte.
A permanência de Barroso no STF é crucial para a estabilidade da atual composição da Corte, especialmente em um momento em que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se prepara para possíveis novas indicações. A saída do ministro poderia provocar uma reconfiguração no STF, com nomes como Flávio Dino e Jorge Messias sendo cogitados para a vaga. Assim, a decisão de Barroso pode impactar não apenas o Judiciário, mas também a dinâmica política do país nos próximos meses.