O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, iniciou a sessão de retorno das atividades do Judiciário na manhã desta sexta-feira, 1º de setembro, expressando solidariedade ao colega Alexandre de Moraes, sancionado pelo governo dos Estados Unidos sob a Lei Magnitsky. Barroso elogiou a condução de Moraes em processos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações de atentado à democracia.
Durante seu discurso, Barroso destacou a bravura e o empenho de Moraes, afirmando que suas decisões são fundamentais para a preservação das instituições democráticas no Brasil. O ministro também enviou uma mensagem ao governo americano, assegurando que todos os réus serão julgados com base em provas, sem interferências externas.
As sanções impostas a Moraes, que incluem o bloqueio de bens e restrições a entidades ligadas ao ministro, são vistas como uma tentativa de proteger Bolsonaro de um julgamento no STF. Barroso, em sua análise histórica, mencionou que o Brasil tem enfrentado tentativas de golpes desde o início da República, enfatizando a importância do constitucionalismo como defesa contra essas ameaças.
O ministro também citou eventos recentes, como a tentativa de atentado em Brasília e os atos golpistas de 8 de janeiro, como reflexos de um ciclo de desestabilização que o STF busca combater. A sessão reafirmou o compromisso do Judiciário em manter a ordem democrática e impedir retrocessos no país.