O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, rebateu nesta segunda-feira (18) acusações de que há no Brasil uma ‘ditadura do Judiciário’. Durante um evento em Cuiabá, Barroso considerou ‘imprópria e injusta’ a afirmação, destacando que apenas quem nunca viveu uma ditadura poderia fazer tal comparação. Ele também desmentiu rumores sobre sua aposentadoria, afirmando estar feliz em continuar no STF após deixar a presidência no dia 29 de setembro.
As críticas ao Judiciário brasileiro têm se intensificado, especialmente por parte de autoridades dos Estados Unidos, que acusam o STF de violar a liberdade de expressão em decisões contra empresas de tecnologia e de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro. O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA impôs sanções ao ministro Alexandre de Moraes, alegando violações de direitos humanos. Além disso, a Procuradoria-Geral da República está investigando tentativas de obstrução da Justiça por parte de Bolsonaro e seus apoiadores.
A situação se agrava com os recentes motins no Congresso Nacional, onde apoiadores de Bolsonaro tentaram obstruir votações em resposta à prisão domiciliar do ex-presidente. O presidente da Câmara, Hugo Motta, já enviou pedidos de afastamento para deputados envolvidos nas manifestações. O clima tenso entre os Poderes e as sanções internacionais podem ter implicações significativas para a política e a economia brasileira.