O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, proferiu um discurso nesta sexta-feira (1°) em defesa das instituições democráticas, destacando episódios marcantes da história do Brasil, desde a redemocratização até a Ditadura Militar. Barroso enfatizou as ameaças e a violência enfrentadas pelo STF nos últimos anos, incluindo tentativas de atentado e invasão a instituições.
Durante a cerimônia de abertura do semestre Judiciário, o ministro lembrou que o país passou por momentos críticos, como a mudança de relatório das Forças Armadas e as ameaças à integridade física de ministros, culminando nos eventos de 8 de janeiro. Ele ressaltou a importância de um tribunal independente para evitar o colapso das instituições.
O discurso ocorre em um contexto de tensão, após o ministro Alexandre de Moraes ser sancionado pelo governo dos Estados Unidos, tornando-se o primeiro brasileiro a ser alvo da Lei Magnitsky. As sanções, que incluem bloqueio de bens e proibição de transações financeiras, geraram reações de apoio a Moraes por parte de Barroso, do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O presidente Lula também se manifestou contra as sanções e tem se reunido com membros do STF para discutir uma estratégia de defesa.