A boneca Barbie, um ícone global, tem suas raízes na personagem Lilli, criada em 1952 para o jornal alemão Bild. Lilli, inicialmente uma figura sexualizada que aparecia em histórias em quadrinhos, foi desenhada por Reinhard Beuthien como uma forma de preencher espaço no tabloide. Em 1956, Ruth Handler descobriu Lilli durante uma viagem à Suíça e, encantada com a boneca, adquiriu os direitos de fabricação, lançando a Barbie em 1959.
A transformação de Lilli em Barbie não apenas revolucionou o mercado de brinquedos, mas também refletiu as mudanças sociais da época. Enquanto Lilli era vista como uma figura ousada e independente, a Barbie se tornou um símbolo de beleza e feminilidade, gerando debates sobre empoderamento e a obsessão pela aparência. Desde seu lançamento, mais de um bilhão de unidades da Barbie foram vendidas, solidificando sua posição como um dos brinquedos mais populares do mundo.
Apesar das críticas recorrentes por parte de feministas, a Barbie conquistou o mundo infantil e continua a ser relevante nas discussões contemporâneas sobre gênero e identidade. Enquanto a Lilli desapareceu após se casar em 1961, a Barbie permanece eternamente jovem, adaptando-se às novas realidades sociais e culturais. Essa evolução destaca não apenas a trajetória de um brinquedo, mas também as transformações nas percepções sobre mulheres ao longo das décadas.