Bancos brasileiros rejeitaram pedidos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para interceder junto ao governo dos Estados Unidos contra a aplicação da Lei Magnitsky em relação a Alexandre de Moraes. As grandes instituições financeiras foram procuradas, mas optaram por não se envolver, considerando a iniciativa inútil. As sanções afetaram Moraes, que teve seu cartão de bandeira americana bloqueado e substituído por um cartão Elo nacional, isento de restrições internacionais.
Moraes foi incluído na lista da Lei Magnitsky em julho, acusado por Marco Rubio de abusos de direitos humanos. A Elo, pertencente ao Banco do Brasil, Bradesco e Caixa, opera apenas no mercado interno, o que a torna menos vulnerável às sanções. No entanto, analistas alertam para possíveis agravamentos caso o Ofac amplie as restrições, já que bancos que não bloquearem transações correm risco de multas e até de perder acesso ao sistema financeiro dos EUA.
A decisão de Flávio Dino sobre o caso de Mariana reforçou a tensão ao afirmar que leis estrangeiras não devem incidir sobre território brasileiro. Apesar das pressões, Moraes não pretende recorrer à Justiça americana por enquanto. Em entrevista à Reuters, ele destacou a possibilidade de impugnação judicial nos EUA, mas optou por aguardar uma solução diplomática entre Brasil e EUA, ressaltando que as sanções não afetaram significativamente sua rotina e mencionando disputas internas no governo americano.