O banco suíço J. Safra Sarasin foi multado em 3,5 milhões de francos suíços (aproximadamente US$ 4,3 milhões) pelo Ministério Público da Suíça, devido à sua falta de ação contra a lavagem de dinheiro entre 2011 e 2014. A decisão, divulgada em 22 de agosto de 2025, está diretamente relacionada à Operação Lava Jato, que investiga corrupção envolvendo a Petrobras e agentes públicos estrangeiros. O inquérito, iniciado em novembro de 2018, revelou que contas do banco foram utilizadas para facilitar subornos a executivos da estatal brasileira.
Segundo as autoridades suíças, o J. Safra Sarasin não tomou as medidas necessárias para impedir que suas contas fossem usadas em atividades ilícitas que totalizaram 71 milhões de euros. Além da multa, o banco já havia pago US$ 19,7 milhões à Petrobras como parte do acordo relacionado ao caso. Em nota, a instituição afirmou que a decisão não implica admissão de culpa ou responsabilidade por parte do banco ou de seus representantes.
A condenação do J. Safra Sarasin destaca a continuidade das investigações internacionais sobre corrupção e lavagem de dinheiro associadas à Lava Jato, mesmo após o arquivamento de processos no Brasil. A decisão também ressalta a importância da cooperação entre países na luta contra crimes financeiros e a necessidade de instituições financeiras adotarem práticas rigorosas para prevenir a lavagem de dinheiro.