O Banco do Brasil apresentou uma denúncia à Advocacia-Geral da União (AGU) em resposta a uma série de postagens nas redes sociais que veiculam informações falsas sobre a instituição, incitando correntistas a retirarem seus recursos. Os ataques começaram na última terça-feira, 19 de agosto, e incluem um vídeo do deputado federal Eduardo Bolsonaro, publicado no dia 20, onde ele afirma que o Banco do Brasil será excluído das relações internacionais, levando à sua falência. A presidente do banco, Tarciana Medeiros, expressou preocupação com essa situação em um evento no mesmo dia, embora não tenha mencionado nomes específicos.
Além de Eduardo Bolsonaro, o Banco do Brasil também denunciou outros autores, como o deputado Gustavo Gayer e o advogado Jeffrey Chiquini, por postagens que considera difamatórias e prejudiciais à soberania nacional. Na comunicação à AGU, o banco argumenta que essas ações podem configurar crimes contra o Estado Democrático de Direito e violar sigilos bancários. O BB solicita que a AGU avalie a possibilidade de uma ação judicial para conter a disseminação dessas informações enganosas, que podem levar a uma corrida bancária.
O Banco do Brasil enfatiza que a campanha de desinformação pode gerar um clima de insegurança entre os clientes e riscos à economia nacional. Recentemente, o banco cancelou o cartão internacional do ministro Alexandre de Moraes devido a sanções relacionadas à Lei Magnitsky. Os ministros Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann associaram essa campanha a bolsonaristas, destacando a necessidade de medidas para proteger as instituições financeiras brasileiras contra ataques infundados.