O Banco da Inglaterra anunciou nesta quinta-feira a redução da taxa de juros de 4,25% para 4%, em uma decisão que reflete a divisão interna do Comitê de Política Monetária (CPM). Quatro dos nove membros do comitê se opuseram à medida, preocupados com a inflação que, segundo previsões, pode atingir o dobro da meta de 2%. Esta foi a primeira vez na história do banco que o comitê precisou realizar duas votações sobre a taxa de juros.
O presidente do Banco, Andrew Bailey, e outros quatro membros defenderam a redução, enquanto Clare Lombardelli, vice-presidente de política monetária, e o economista-chefe Huw Pill votaram pela manutenção dos juros. A primeira votação terminou em um empate de 4-4-1, com Alan Taylor propondo um corte mais agressivo de 0,5 ponto percentual.
O banco central reiterou sua abordagem gradual em relação a futuros cortes, indicando que a série de reduções pode estar se aproximando do fim. A decisão de hoje representa um desafio para a ministra das finanças, Rachel Reeves, e o primeiro-ministro, Keir Starmer, que enfrentam dificuldades em impulsionar o crescimento econômico do Reino Unido. Bailey enfatizou que qualquer corte futuro deve ser realizado com cautela, apesar de acreditar que a trajetória de juros ainda é descendente.