O Banco da Inglaterra (BoE) está prestes a anunciar um corte na taxa de juros na próxima quinta-feira, em resposta a uma economia em desaceleração, marcada por aumentos de impostos e um comportamento cauteloso dos consumidores. A expectativa é que o Comitê de Política Monetária reduza a taxa de referência em 25 pontos base, estabelecendo-a em 4%, mantendo assim um ritmo de cortes trimestrais.
Enquanto o Federal Reserve dos EUA optou por manter os custos de empréstimos inalterados, o BoE parece ignorar a inflação, que atingiu seu nível mais alto em 17 meses, focando nas preocupações relacionadas ao crescimento econômico. O Reino Unido enfrentou quedas consecutivas no PIB e um aumento nas perdas de empregos, levando empregadores a reduzir a demanda por trabalhadores.
Dan Hanson, economista-chefe do Reino Unido na Bloomberg Economics, observa que o banco central deverá ser cauteloso ao sinalizar futuros cortes de taxas, especialmente com a inflação superando as expectativas. O presidente do BoE, Andrew Bailey, tem orientado os mercados para cortes graduais e acredita que o recente aumento nos preços será temporário.
Além disso, os investidores aguardam atualizações sobre a redução do estoque de títulos do banco central, que será discutida antes da próxima decisão sobre aperto quantitativo em setembro. Outros eventos econômicos importantes incluem dados comerciais de diversas nações e um possível corte de taxa no México, enquanto alguns países tentam renegociar tarifas dos EUA após recentes medidas do governo americano.