O Banco Central (BC) anunciou nesta terça-feira (5) que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste da taxa Selic, caso considere necessário. A autarquia, no entanto, ressaltou que a manutenção da taxa em 15% ao ano deve ocorrer por um período prolongado, enquanto avalia os impactos do aperto monetário recente na inflação, que atualmente ultrapassa a meta estabelecida de 4,5%.
A declaração foi feita após a publicação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que também abordou o cenário econômico incerto devido ao aumento das tarifas comerciais dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que terá início em 6 de agosto. O BC alertou que essa medida pode ter impactos significativos na economia brasileira, e que a situação será monitorada de perto.
Apesar da moderação no crescimento econômico, o Copom destacou que o mercado de trabalho ainda demonstra dinamismo. A última alteração na Selic ocorreu em julho, quando a taxa foi mantida em 15% ao ano, interrompendo um ciclo de altas iniciado em setembro de 2024. A inflação anualizada em junho foi de 5,35%, levando o BC a enviar uma carta explicativa, conforme exigido quando a meta é descumprida. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os dados de inflação de julho na próxima terça-feira (12).