Uma baleia de espécie ainda não identificada foi encontrada morta na Ilha de Viçosa, pertencente ao município de Chaves, no Marajó, nesta semana. O animal foi descoberto por moradores locais, que compartilharam imagens e vídeos nas redes sociais, gerando preocupação sobre o destino do corpo do mamífero. Casos semelhantes já foram registrados em outras partes do arquipélago, como em Soure, em 2019, e novamente em Chaves, em 2021.
Quando ocorrem encalhamentos, órgãos ambientais são acionados para investigar as causas da morte e determinar o destino da carcaça. De acordo com um estudo publicado em julho de 2023 na revista Journal of Marine Science and Engineering, a melhor prática seria levar o corpo das baleias para o fundo do mar, onde serviriam como alimento para diversas espécies marinhas, contribuindo para a biodiversidade e o ciclo de nutrientes.
A pesquisa destaca que a decomposição das baleias no fundo do oceano pode beneficiar o ecossistema por até dois anos, nutrindo animais como tubarões, caranguejos e lagostas. Alternativas como incineração ou enterro na praia, como ocorreu em 2020 na Praia de Manguinhos, no Espírito Santo, são consideradas menos ideais devido aos riscos à saúde pública e à emissão de gases nocivos. O caso recente em Chaves levanta novamente a discussão sobre a melhor forma de lidar com esses eventos trágicos e suas implicações ecológicas.