Um estudo realizado pela ONG ImpulsoGov, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), aponta que a Bahia tem registrado um aumento contínuo na taxa de jovens com sobrepeso. Entre 2014 e 2024, o percentual de obesidade em crianças e adolescentes de 10 a 19 anos subiu de 20% para 29%, embora a Bahia não seja o estado com a maior taxa, que pertence ao Ceará, com 35%. A pesquisa também revelou que, em Salvador, o número de jovens nessa faixa etária com sobrepeso aumentou de 26,80% para 34,80% no mesmo período.
Os dados indicam um crescimento linear na taxa de sobrepeso entre a população acompanhada pelo Bolsa Família, que passou de 23% em 2014 para 29% em 2024. Além disso, a pesquisa destaca padrões alimentares preocupantes, como o elevado consumo de alimentos ultraprocessados e a prática de comer assistindo à televisão ou celular. No Brasil, 81% dos jovens de 10 a 19 anos consomem ultraprocessados, refletindo hábitos alimentares que podem agravar a situação do sobrepeso.
As implicações desse aumento são significativas, pois o excesso de peso na infância e adolescência pode levar a problemas de saúde a longo prazo. A pesquisa também sugere que os municípios urbanos têm uma taxa maior de jovens com sobrepeso em comparação aos rurais. Apesar da queda no percentual de crianças com excesso de peso até 5 anos, o número absoluto aumentou, evidenciando desigualdades regionais no enfrentamento do sobrepeso entre os jovens.