O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, acusou o Irã de planejar ataques antissemitas que ocorreram em Sydney e Melbourne em 2024. Durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (26), Albanese anunciou a expulsão do embaixador iraniano, uma ação considerada sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial. Segundo o premier, a Organização Australiana de Inteligência de Segurança (ASIO) obteve informações suficientes para concluir que o governo iraniano esteve por trás dos ataques incendiários, que não resultaram em feridos.
Albanese destacou que o Irã tentou ocultar seu envolvimento nos incidentes, mas a ASIO identificou sua responsabilidade direta. O primeiro-ministro também anunciou que a Austrália pretende legislar para classificar a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã como uma organização terrorista. Essa decisão surge em um contexto de aumento significativo de incidentes antissemitas nas cidades australianas desde o início do conflito entre Israel e Hamas em 2023.
As implicações dessa ação são profundas, pois marcam um endurecimento da postura da Austrália em relação ao Irã e refletem preocupações mais amplas sobre segurança e extremismo. A expulsão do embaixador pode afetar as relações diplomáticas entre os dois países e intensificar as tensões no cenário internacional. A situação ressalta a necessidade de vigilância contínua contra o extremismo e a proteção das comunidades afetadas por atos de violência e discriminação.