O Brasil registrou um aumento alarmante nas denúncias de crimes contra crianças e adolescentes, especialmente em casos de abuso sexual e pornografia infantil. Na manhã desta quinta-feira (7), a Polícia Civil do Pará deu continuidade à operação "Rede Segura", que visa combater crimes cibernéticos que afetam a dignidade sexual de menores. A ação, coordenada pela Divisão de Combate a Crimes Contra Grupos Vulneráveis Praticados por Meios Cibernéticos (DCCV), focou no armazenamento de material de abuso sexual infantojuvenil.
Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em residências nos bairros Curió-Utinga, Umarizal e Sacramenta, em Belém. Em um dos locais, um homem foi preso em flagrante após a polícia encontrar vídeos de abuso sexual infantil em seu celular. A delegada Lua Figueiredo, responsável pela DCCV, informou que o aparelho e outros dispositivos, como pendrives e sete HDs, foram apreendidos para análise.
A operação é parte dos esforços da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC) para coibir a exploração sexual de menores pela internet. A delegada destacou a importância dessas ações para proteger crianças e adolescentes e responsabilizar os autores desses crimes. A Polícia Civil também reforçou que denúncias sobre esses crimes podem ser feitas de forma anônima pelo Disque-Denúncia, número 181, ou via WhatsApp, garantindo o sigilo das informações.
O armazenamento de conteúdo pornográfico infantil é crime no Brasil, conforme o artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com penas que variam de um a quatro anos de reclusão. A legislação é rigorosa, considerando que o simples ato de armazenar esse tipo de material perpetua a exploração sexual das vítimas. A operação "Rede Segura" reflete a crescente preocupação das autoridades em combater esses crimes e proteger os menores em situação de vulnerabilidade.