O aumento alarmante de ataques de cães a pedestres no Distrito Federal tem gerado preocupação entre os moradores. Entre 2021 e 2024, os registros desses incidentes cresceram 42%, passando de 198 para 281 ocorrências, conforme dados da Lei de Acesso à Informação. A nova Secretaria Extraordinária de Proteção Animal do DF, liderada por Cristiano Lopes, que assumiu o cargo em agosto, está em busca de soluções para essa crise, incluindo parcerias com abrigos e a criação de um novo albergue público.
As circunstâncias que cercam esses ataques são preocupantes. Recentemente, duas vítimas relataram experiências traumáticas, incluindo uma pediatra atacada por um grupo de dez cães na Asa Norte e uma mulher ferida em Ceilândia. Especialistas alertam que as mordidas podem causar infecções graves, aumentando a urgência de ações efetivas por parte das autoridades locais. A situação é ainda mais crítica devido ao grande número de animais abandonados nas ruas, que atualmente ultrapassa 1 milhão na capital.
As implicações desse cenário vão além da segurança pública; envolvem também questões de saúde e bem-estar animal. A Secretaria planeja definir medidas para mitigar os riscos aos cidadãos enquanto busca garantir um tratamento adequado aos animais em situação de rua. A população continua apreensiva, especialmente em áreas como Asa Norte, onde o medo de novos ataques persiste entre os moradores e comerciantes.