Um crescente número de brasileiros opta por viver sozinhos, conforme a nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, divulgada em 22 de agosto de 2025. Em 2024, 18,6% das residências no Brasil eram unipessoais, marcando um aumento significativo de 6,4 pontos percentuais em comparação a 2012. O estado do Rio de Janeiro lidera a estatística com 22% da população vivendo sozinha, seguido por São Paulo, onde essa porcentagem é de 18,4%.
Essa mudança no perfil das residências está influenciando o mercado imobiliário, que tem se adaptado com a construção de microapartamentos. Fatores como o envelhecimento da população e transformações nos comportamentos sociais contribuem para esse fenômeno, com um número crescente de mulheres escolhendo viver de forma independente. Em 2024, as mulheres representavam 44,9% dos que moravam sozinhos, enquanto os homens correspondiam a 55,1%.
Pesquisadores do IBGE ressaltam que muitos dos lares unipessoais são ocupados por pessoas idosas, frequentemente viúvas ou cujos filhos já deixaram o lar. A solidão, um tema cada vez mais relevante, é abordada em um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aponta que entre 2014 e 2019, a solidão foi responsável por aproximadamente 871 mil mortes anuais.