O jogo Wuchang: Fallen Feathers, um Souls-like ambientado na China durante o fim da dinastia Ming, tem atraído atenção por conta de uma atualização polêmica que alterou aspectos fundamentais de sua narrativa e jogabilidade. A desenvolvedora Leenzee implementou mudanças significativas, supostamente para agradar jogadores chineses, mesmo sem o título ter sido oficialmente lançado na China. Essa decisão, no entanto, gerou descontentamento entre gamers ao redor do mundo, que se sentiram ofendidos pelas alterações feitas no jogo.
A atualização 1.5, lançada para PS5, Xbox Series X|S e Windows, introduziu melhorias de desempenho, mas também transformou chefes em personagens imortais e suavizou a hostilidade de inimigos, o que foi amplamente criticado pela comunidade gamer. As modificações foram vistas como uma tentativa de evitar represálias do governo chinês, que impõe rígidas diretrizes sobre a representação da cultura histórica em jogos. Apesar de não ter sido lançado oficialmente na China, o acesso ao jogo se dá por meio de canais não oficiais, o que levanta questões sobre a pressão que os desenvolvedores enfrentam para se adequar às normas do Partido Comunista Chinês.
As reações à atualização foram intensas, com jogadores fora da China considerando as mudanças uma ofensa pessoal. Em resposta, um grupo de fãs já lançou um mod para reverter as alterações indesejadas no PC, enquanto outros jogadores optaram por versões físicas do jogo que não foram afetadas pela atualização. O caso ilustra as complexas interações entre a indústria de jogos e as exigências culturais e políticas da China, além de destacar a crescente insatisfação dos gamers globais com intervenções que comprometem a integridade dos jogos.