Os Houthis confirmaram hoje a morte de Ahmed al-Rahawi, primeiro-ministro do governo rebelde do Iêmen, em um ataque aéreo israelense realizado na quinta-feira, 28 de agosto, na cidade de Sanaa. O ataque também resultou na morte de diversos ministros que participavam de um workshop de avaliação das atividades do governo. O exército israelense declarou que atingiu um alvo militar dos Houthis, que têm intensificado seus ataques contra Israel em solidariedade aos palestinos durante o conflito na Faixa de Gaza.
Os Houthis, que controlam a maior parte do norte do Iêmen desde 2014, têm enfrentado uma intervenção militar liderada pela Arábia Saudita, mas permanecem no poder apesar das tentativas de expulsão. A ideologia do grupo é fortemente anti-Israel e antiamericana, alinhando-se ao que consideram um “eixo de resistência” que inclui o Hamas e o Hezbollah. A recente escalada de ataques levanta preocupações sobre a intensificação do conflito e suas consequências humanitárias no Iêmen, que já enfrenta uma das piores crises do mundo.
A morte de al-Rahawi pode agravar ainda mais a situação no Iêmen, onde a guerra civil já resultou em centenas de milhares de mortes e uma crise humanitária devastadora. A resposta israelense aos ataques dos Houthis e a continuidade da guerra na região podem ter repercussões significativas nas relações internacionais e na dinâmica do conflito no Oriente Médio, especialmente em um momento em que a solidariedade com a Palestina está em alta entre diversos grupos na região.